domingo, março 19, 2006

nem me fale dela, não te dou esse direito, a menos que a conheça por dentro, que beba quente das suas artérias, que transite em transe entre os seus nervos. fique você com a sua cidade e eu fico com a minha, minha cidade aos pedaços, minhas fraturas expostas.

no colo dessa moça despejo pedra bruta, rios turvos, lenha em brasa, presentes desumanos de um Osíris sem Ísis.

isso não se faz, não com qualquer um.

para ela entrego a chave da minha cidade.