segunda-feira, setembro 19, 2005

desculpe-me, moça, mas flores mexem comigo.

de onde eu venho flor não nasce, flor se apresenta radiante à espera de um coração que a acolha sem perguntar de onde vem, sem saber como colhê-la, feliz por escolhê-la na esperança de um fruto doce.

você semeia, você cuida. eu só sei me incendiar pelo fogo que arde pétalas adentro, perfumes afora, sugando por um caule mutilado a água rala que me sirva de seiva.

meu berço é de asfalto, moça.