terça-feira, julho 20, 2004

quebra-cabeças não me valem. jogo assim não vale.

as peças se fazem de tontas mas nasceram irmanadas, são farinha do mesmo saco, saco vedado em que nada falta nem sobra, medida justa onde tudo se encaixa, onde tudo fazia sentido e vai voltar a fazer.

meu negócio é outro, é negociar o que entra onde, como, descobrir onde enfio o que me vem de sobra. meu negócio é conversar o que não se converte, é equilibrar o não se mede, nem por tabela.

minhas contas não fecham. nunca.

e enquanto ruas me escorrem entre os dedos e o tempo me sopra os cabelos, digito incandescências que te derretam por dentro, te guiem na treva e te tragam de novo para o engate fecundo.
(ouça aqui a versão falada)