quarta-feira, outubro 22, 2003

na calçada estreita tantos passam, tantos corpos, tanta pressa e risos e cada um abre caminho entre caminhos alheios, olhos rápidos avaliam corpos, vãos, vai-véns, olhos de todo tipo, olhares rápidos cruzam a rua, cobrem tudo, centenas, milhares de olhos úmidos rodando, dois globos para cada crânio, um mundo em cada cränio, todos fotógrafos de todos, todos figurantes anônimos nos retratos descartáveis de um horário de almoço.

ela é meu espelho. sem ela me desconheço.
(ouça aqui a versão falada)